terça-feira, 1 de abril de 2008

O ESPETÁCULO DA POBREZA

Para os "nobres" vereadores de Carapicuíba, o dia 26 de março é um dia muito importante, pois é o dia em que se comemora o aniversário da emancipação da cidade. Muito bem. Mas comemorar o quê? Carapicuíba está entre as três cidades mais pobres do Estado. Há meses que os servidores municipais não recebem os salários em dia, a cidade não tem condições de investir no ensino básico, cuja responsabilidade é da prefeitura, que por sua vez, propôs privatizar até o cemitério, pois não tem recursos para mantê-lo e, além disso, há bairros que correm o risco de perder o único Pronto-Socorro que existe, já que a prefeitura também não tem dinheiro para custear o sistema básico de saúde, ou seja, não há muito o que comemorar nesses 43 anos.

Entre as décadas de 60 e 70 em toda a região oeste do Estado de São Paulo, assim como em muitas outras regiões do país, ocorreu o que chamamos de "a onda das emancipações". Só para se ter uma idéia, do final da década de 50 até a metade da década de 60, somente na nossa região, a oeste, houve a criação de Itapevi, Osasco, Jandira, Embu e Carapicuíba. Muitas dessas cidades foram criadas, sem antes acontecer um estudo de viabilidade econômica. As cidades foram criadas e pronto. Conseqüentemente, essas cidades – recém criadas – herdaram uma população que precisava de saúde, educação, saneamento básico, lazer, vias pavimentadas etc.

Carapicuíba já nasceu sem ter condição de oferecer esses serviços públicos à população, porque sua arrecadação de tributos sempre foi muito pequena. Vale ressaltar que nunca em sua história Carapicuíba teve perspectiva de elevar sua arrecadação tributária, por uma série de fatores que precisaríamos de um outro debate para argumentá-las.
Mas como diz um velho ditado, não se deve chorar o leite derramado. Então, ou se exige que os políticos carapicuibanos cumpram o papel que lhes foi atribuído, deixando de gastar dinheiro onde não precisa, como na duplicação da Av. Integração e com ações assistencialistas ou, que busquem a reunificação com Barueri, visto que 40 % dos moradores de Carapicuíba vendem sua mão-de-obra naquela cidade e todos os impostos gerados pelo fruto desse trabalho ficam por lá, onde são oferecidos serviços públicos aos munícipes e onde se mantém um time de futebol na 1º divisão do campeonato paulista, enquanto as crianças de Carapicuíba não têm onde estudar e outras, nem onde nascer.
Conheça mais sobre O Movimento da Reunificação:
http://www.reunificacaoja.blogspot.com/

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